Projeto de plebiscito sobre comércio de armas é apresentado no Plenário

Projeto de plebiscito sobre comércio de armas é apresentado no Plenário
12/4/2011 17:10, Por Agencia Senado
A proposta de autoria do presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP), que prevê a realização de um plebiscito nacional sobre o comércio de armas de fogo foi apresentada ao Plenário nesta terça-feira (12). Com isso, o projeto de decreto legislativo começa a tramitar, seguindo inicialmente para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ).
Em reunião pela manhã, Sarney obteve o apoio de líderes partidários para apresentação do projeto. De acordo com o senador, se o Congresso aprová-lo, nova consulta popular sobre o tema será realizada no primeiro domingo de outubro deste ano.

Leia mais

Renan defende proposta de Sarney de um novo plebiscito sobre desarmamento
Plebiscito sobre o comércio de armas não resolve o problema da violência, diz Demóstenes
Deputado pede urgência para projeto que prevê instalação de detectores de metais em escolas
Eduardo Suplicy apoia plebiscito sobre proibição do comércio de armas
Paim propõe câmara de conciliação para discutir venda de armas
O objetivo do plebiscito é consultar a população a respeito da seguinte questão: “O comércio de armas de fogo e munição deve ser proibido no Brasil?”
- Espero que possamos trilhar esse bom caminho. É preciso rever essa decisão, que considero equivocada – disse Sarney, referindo-se ao resultado do referendo de 2005, que liberou o comércio de armas no Brasil.
O líder do PT e do Bloco de Apoio ao Governo, senador Humberto Costa (PE), afirmou, logo após a reunião de líderes, que a bancada do partido vai se posicionar favoravelmente à realização do plebiscito.
- Nosso partido tem a cultura da paz e entende que enquanto houver a livre circulação de armas, não somente vamos ter a fonte de armamentos daqueles que infringem a lei, como também a maior fonte de armas para a violência habitual, cotidiana e interpessoal – afirmou.
Apesar da boa receptividade entre os líderes que participaram da reunião realizada pela manhã, o plebiscito não tem unanimidade entre os senadores. O líder do DEM, Demóstenes Torres (GO), que não esteve no encontro, disse que a ideia é equivocada e não resolve o problema da violência.
- A questão não é tirar a arma de fogo do homem de bem, mas tirar a arma de fogo do marginal. Acho que o Congresso deveria se debruçar sobre isso. São várias as propostas para equipar as Forças Armadas e também a Polícia Federal, para que o combate da entrada de armas seja mais otimizado, e eu acho que simplesmente o foco está completamente equivocado – afirmou o senador.
Depois da apreciação da CCJ, o projeto será examinado pelo Plenário do Senado e, se aprovado, seguirá à Câmara dos Deputados.
Da Redação / Agência Senado

Comentários